O pobre, o rico, quem quer que seja
Jamais pode, mesmo querendo,
Dominar ou determinar
Sua própria sorte, o seu destino.
São alegrias, tristezas,
Sendo corajosos ou temendo,
Nunca poderemos preencher ou negar
O nosso eterno vazio.
Pois há sempre um querer
E o medo morrendo
De não se conseguir realizar
A nossa utopia, o nosso sonho tardio.
O que não se pode entender
É o quanto somos frágeis e fortes
Nos entregando incontinentes às paixões
E combatendo loucamente os desafios.
Será que não nos cabe a compreensão?
Ou não somos merecedores
De destilar a razão
Por nossos gozos ou dores?
O que se espera, enfim,
É que mesmo contradizendo a “formula”,
Continuemos buscando o ponto de partida,
Algo que elucide a própria essência da vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário