domingo, 20 de novembro de 2011

- “A COR DA ALMA (II): EXALTAÇÃO ÀS RAÇAS” -

Ao “branco” muito já foi, historicamente até, atribuído, concedido e facultado.
Resta atribuir, conceder e facultar, principalmente no âmbito histórico, ao “branco” – com exceções, é claro! – A consciência da inegável semelhança da “essência” de cada ser humano em relação outro, independente de raça, de credo, de peso, de beleza, de nível social ou econômico, ou de religião (ou falta dela!!!).
Somos, impreterivelmente, todos, iguais perante Deus, suas leis tanto quanto às leis humanas. E, como tal, indispensável ao convívio social mútuo. A sociedade em geral não deve, pode, pode ou logrará êxito algum, seja qual for o seu objetivo, tendo por base e fundamentação qualquer tipo de discriminação ou ato que segregue indivíduos, grupos ou povos.
Levando-se em conta as considerações religiosas, por exemplo, não há, em nenhuma denominação séria qualquer restrição sócio - econômica - racial que impeça o culto e a adoração como expressão de (uma outra característica intrínseca do ser humano).
Tendo, ainda, por base a individualidade dos conceitos antes a pluralização das prerrogativas étnicas, as próprias leis “humanas”, elaboradas, aprovadas e praticadas pelos homens, não os qualificam segundo as suas diferenças, estas que nós requalificamos como seres sociais, totalmente de pendentes da ordem legal que nos foi, através do tempo, estabelecidas.
Haja vista a imensa complexidade de tal tema, representando os índios, os “amarelos”, os “polacos” e todos os que tenham sido, no Brasil, em qualquer tempo, discriminados, nos atenhamos à questão do negro e tudo o quanto dele foi expurgado em função de participar anonimamente, com presença marcante, da grande parte da história do nosso País, contribuindo, mesmo sem querer, de forma forçada, do enriquecimento e do desenvolvimento econômico do País que, hoje, ainda se nega em dar-lhe o merecido valor, excluindo-lhe as mesmas oportunidades que outros vêm facultando.
Fala-se do processo e exploração escravagista que assolou involuntários imigrantes às nossas terras férteis, ajudadas com o seu sangue, o seu medo e incompreensão.
Fala-se do fim dos engenhos, das senzalas e da escravidão; falo, também, dos vícios, das favelas e do desemprego.
Será que José do Patrocínio, se viajante do tempo, hoje veria como extinta a escravidão do seu povo no Brasil? Acho que não. Alias, os meus “achos” pouco importam. Relevante mesmo é a certeza de que muito devemos à participação negra na formação do Brasil que temos hoje. Houve influências culturais, folclóricas, comportamentais, religiosas, e tantas outras ricas contribuições.
Por isso, em razão, especialmente, do último feriado, ocorrido no dia 20 de novembro, quinta feira, o Dia da Consciência Negra no Brasil, quero crer que se inicia, agora, a verdadeira valorização compensatória em função de todo o período de escravidão que os negros (e índios) sofreram – literalmente – na pele.
Que tal consciência se faça realmente eficaz e reescreva a história brasileira fazendo – nos, o povo, além de enormemente miscigenado, o mais grato, orgulhoso e capaz de reconhecer, no outro, a si mesmo.
Que se acabem todas e quaisquer formas de discriminação - sobretudo a racial - e segregação.
Vale lembrar que – principalmente no Brasil – não existem “raças puras”. Existem, sim, no Brasil e no mundo, pessoas puras ou não.
A alma não deve ser branca, negra, amarela (ou de qualquer cor); ela deve, sim, ser totalmente transparente, exibindo de nós, o que melhor temos para oferecer em nossa personalidade.
Valeu, Zumbi!!!  




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