Uma casa comum, independente de seu projeto arquitetônico, é fundada em favor de dar abrigo a quem nela resida ou que nela se refugie. O material empregado em sua construção é basicamente o mesmo, comum a todos os cômodos: cimento, areia, tijolos e água.
As paredes são erguidas e, passo a passo, tomam e dão forma ao que, antes, resumia-se a alicerces rústicos e desconexos. Começam a surgir silhuetas planas, de onde, abertas, vislumbra-se futuras portas e janelas. Tudo feito com o máximo cuidado e competência para que todas as paredes, mesmo opostas ou paralelas, possam, juntas, ser capazes, fortes o bastante para suportar o peso do telhado, objetivo maior da “construção-abrigo”.
Algumas paredes até parecem frágeis, curtas ou de pouca espessura, mas, unidas a outras, tornam-se fundamentalmente fortes, necessárias e indispensáveis ao projeto e execução desta planta.
Esta deveria ser, sem dúvida, a tônica do pensamento comum numa determinada “casa” em Campos; uma “casa” que, há muito já construída, possui vinte e uma “paredes” que são, vez por outra, “reformadas”, de acordo com a vontade expressa de seus “moradores vitalícios”.
Tais paredes nunca (é claro!) compõem o mesmo espaço ou ambiente; algumas apontam o nascente, outras, o poente, mas todas, sem exceção, estão ali com o único objetivo de sustentar o “telhado da casa” para que a mesma possa abrigar a quem necessite.
Interessante, então, seria se, divergências políticas (o “embolço”) fossem ignoradas e que a boa intenção (os “tijolos”) fosse reavaliada e usada como a proposta inicial; e que, os Excelentíssimos Senhores Vereadores da nossa Campos dos Goytacazes (as “paredes”), mesmo que opostos, paralelos em suas ideologias, trabalhem juntos, unidos, tendo como meta comum o desenvolvimento e o progresso do nosso município (o “telhado”) que, a todos nós abriga, sem distinção ou favor.
Os moradores agradecem...
Nenhum comentário:
Postar um comentário