quarta-feira, 11 de maio de 2011

Ponto a ponto, veja as principais alterações na política nacional

Comissão do Senado aprovou 12 temas que podem mudar as eleições de 2014
Leonardo Quarto - gazetaonline

Comissão de Reforma Política do Senado

A Comissão de Reforma Política do Senado aprovou 12 pontos que podem alterar a forma de fazer política no Brasil. Os projetos de lei já estão em fase de criação e o debate segue com partidos e parlamentares que concordam e discordam das questões levantadas. Da mudança na data da posse de presidentes e governadores, até a maneira como deputados e vereadores serão escolhidos, grandes alterações podem acontecer.

Voto em lista fechada para eleições do Legislativo
Os partidos elaborariam uma lista com parlamentares que poderia ser eleitos. A população passa a votar na lista, e não no candidato. Esse ponto é um dos mais controversos da reforma por supostamente conceder muito poder as siglas.

Cota de 50% para mulheres na lista fechada do Legislativo

Nas listas elaboradas pelos partidos, metade dos integrantes devem ser mulheres.

Financiamento público de campanha

As campanhas eleitorais passaria a ser financiadas somente com dinheiro público, assim doações de pessoas físicas e empresas estariam proibidas. Na proposta, fica estabelecido que, em ano de eleição, uma verba adicional seria incluída no Orçamento para cobrir as despesas. O valor seria obtido com a multiplicação do número de eleitores por R$ 7. A referência seria o número de eleitores do país em 31 de dezembro do ano anterior.

Fim do segundo suplente para senador

Senadores passaria a ter apenas um suplente, e este não poderia ser parente do parlamentar. Com a reforma, o mesmo só pode assumir a vaga no Senado provisoriamente. Caso o senador deixe o mandato, um nova eleição deve ser convocada.

Fim das coligações partidárias

Ficaria proibida as alianças para as eleições proporcionais (vereadores e deputados).

Possibilidade de candidatura avulsa no Executivo municipal

Prefeitos não precisariam mais de estar filiados a partidos políticos para concorrer. Contudo um mínimo de 10% do eleitorado local seria necessário para aprovar a candidatura.

Senadora Ana Rita (PT) foi a relatora da Comissão de Reforma Política do Senado


Fim da reeleição

Mandatos de prefeitos e governadores passaria ser de cinco anos, e a reeleição estaria proibida com a reforma.
Mudança na data de posse do presidente e dos governadores

O presidente assumiria o cargo no dia 15 de janeiro e os governadores  no dia 10. Essa proposta é encarada no meio político como desnecessária, já que não precisaria ser votada em uma comissão especial para conseguir aprovação.

Realização de Referendo A Comissão de Reforma Política do Senado aprovou a realização de referendo (uma consulta popular) para que a população opine sobre o sistema eleitoral de listas fechadas, caso esse seja mesmo aprovado pela Casa. Caso esse ponto seja mantido o referendo será realizado depois do final da votação da reforma política no Congresso. Assim a população daria o aval sobre o novo sistema.

Troca de PartidoFicou mantido o prazo de até um ano para que políticos mudem de legenda. Em 2007, salvo algumas exceções,  o Supremo Tribunal de Justiça decidiu que o mandato é do partido e não do político, e que quem muda de sigla durante o mandato perde a vaga.

Voto obrigatórioNo documento aprovado pelo Senado ficou mantida a obrigação de votar. O cidadão que deixar de comparecer às urnas três vezes perde o direto de tirar passaporte. Prestar concurso público participar de licitações entre outros.
Cláusula de desempenho

Para ter direito a mandar representante ao Congresso, os partidos devem ter votação miníma em todo país. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a cláusula de desempenho é inconstitucional.

Cláusula de desempenhoPara ter direito a mandar representante ao Congresso, os partidos devem ter votação miníma em todo país. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a cláusula de desempenho é inconstitucional.

Gastos do Executivo Presidente, Governadores e Prefeitos só poderão gastar o equivalente ao que está previsto no orçamento para a primeira quinzena do ano da posse. A medida foi tomada para que abusos sejam evitados no último ano de governo.

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