terça-feira, 17 de maio de 2011

“POR QUE NÃO A PAZ?!?”-

Nesta noite fria cinzenta em que não temos vontade de fazer nada, a não ser nos entregar ao ócio, eu me remeto a pensamentos um tanto quanto melancólicos e contempladores.
Ligo a TV em busca de algum “programa interessante”  e lá está, inevitavelmente, algum fato lamentável, trágico e dramático cujo tema central e infeliz é a violência que oscila – triste – com a mesma intensidade desde um atentado terrorista a um “simples” assalto.
Eu fico tremendamente chocada!!!
E não é para menos! A violência já é coisa comum no mundo inteiro, desde as grandes metrópoles até o mais interiorano dos rincões.
Já se tornou banal, apesar da conotação sensacionalista da TV (!) e quase ninguém mais se dá conta do absurdo que é!
Somos seres humanos ou o quê?!?
E não mais consiste só na intolerância ou incompreensão; é muito mais diversificada e abrangente.
Daí eu me pergunto: aonde chegaremos, agindo assim?!? Quando e como será o “epílogo” deste nosso “programa diário”?
O “criminoso habitual” – ladrões, traficantes e afins - ,esse até “merece um ponto”; pois o mal já lhe é peculiar, apesar de muitos acreditarem que circunstâncias teriam originado sua má índole e o continuísmo como conseqüência. Eu, no entanto, acredito que o mal não se justifica.
O que mais me espanta é que os casos mais atrozes de violência ocorrem, invariavelmente, dentro de casa. Coisa de (má) criação. Em alguns casos, até mesmo há violência sexual e a “aberração” – quem pratica – é, geralmente, quem menos se espera; muitas vezes, um pai, padrasto, um tio, avô ou qualquer outra “fera de comportamento compatível à espécie”.
Outra questão que me preocupa neste sentido – da “violência doméstica” – é o da agressão física às crianças; a famosa surra! Dessa forma, dá até para pensar que, ao invés de escola e diálogo, crianças devam ser mandadas para “ringues de box” e tenha como “grade curricular” à quantidade de pancadas sofridas! É possível conceber uma visão tão bizarra
como real? Mas, fatalmente, diante de tanta violência, o que se pode esperar do futuro?
Estão criando outros promotores de violência! Só isso!!! É quase impossível esperar que adultos que tenham – na infância – sofrido espancamentos ou qualquer outra violência não apresentem nenhum reflexo comportamental nesse mesmo sentido em relação a seus próprios filhos. Seria, então, criada a “hereditariedade do bestial”.
Eu me atenho à questão da violência doméstica porque considero que esta representa o início de tudo, ou melhor, o “início do fim”!
Como, por exemplo, pode-se imaginar que uma pessoa criada e “educada” sem argumentações e diálogos, possa, quando necessário, optar por conversar, expor pacificamente os seus pontos – de vista e, pacificamente, aceitar qualquer divergência?
É lindo ver casais que, hoje, esperam ter ou que expõem seus bebês, cheios de orgulho e esperanças.
Porém, é igualmente terrível imaginar como poderá ser a criação desta criança.
Hoje – sem correr o risco de parecer pessimista – está muito difícil criar um filho e educá-lo da forma correta; pois, me abstendo da questão da violência doméstica, existem sim – e ninguém há de negar! – inúmeros outros fatores que podem, certamente, desviar a criança do “traçado” que os pais almejam vê-la seguir.
O convívio social, a própria televisão, a inevitável exposição ao mundo em si, podem incorrer como variáveis na formação pessoal da criança, interferindo negativamente; pondo em “xeque” toda e qualquer orientação que se defronte com a apresentada por estes “mentores externos”.
A TV, por exemplo, compromissada com os índices de audiência, mais que o “entretenimento familiar” puro e simples, opta por levar para dentro dos nossos lares somente o que – supostamente – possa elevar os seus pontos de audiência. São filmes onde imperam cenas de violência – inclusive a sexual – gratuita e exacerbada. Existem, também, os programas, especialmente os dominicais, cujas dançarinas, expostas em “roupas minúsculas”, acabam por sugerir – pra não dizer forçar – uma sensualidade “involuntária” - pra não dizer proposital – às crianças. Os telejornais e programas do gênero dão mais vazão às questões mais trágicas que às notícias do cotidiano que tenham maior relevância para o público. As novelas, por sua vez, resumem-se num misto de traições, promiscuidades, mentiras, “armações”, manifestações desrespeitosas aos pais, superiores ou pessoas mais velhas e muito mais!
Continuando a exemplificação, o convívio social se torna prejudicial à criação e educação infanto-juvenil ao passo que - senão pelo diálogo e muita confiança mútua -, não se consegue evitar a influência negativa de algumas “amizades” ,pois não se pode quantificar, qualificar, selecionar ou monitorar os “amigos” do seu filho. Além disso, como está muito mais precoce a apresentação às drogas e ao “sexo fácil”, o “amadurecimento” dos jovens acaba por ocorrer da
forma inversa e mais infeliz.
Nesse sentido, a própria escola passa a ser uma “área de risco total e imediato”.
O que eu desejo, realmente, é incutir em você, leitor, a grande necessidade do diálogo franco e amigo com o (s) seu (s) filho (s), pois a família, impreterivelmente, é o maior influenciador na formação pessoal de uma criança. Afinal, como se imagina ter sido, por exemplo, a infância vivida pelo ditador alemão Adolf Hittler? Será que foi tranqüila harmoniosa ou terá sido, de alguma forma, conturbada?
É a voz da História pedindo-nos PAZ!

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