terça-feira, 3 de maio de 2011

-“A JUSTIÇA NO AR” –

Vivemos o caos.
As pessoas perderam a noção de Justiça, seja pela falsa idéia da impunidade ou pelo desconhecimento das leis e tudo passou, infelizmente, a ser visto como possível ou “normal”.
Alguns critérios que, há bem pouco tempo, serviam para direcionar o nosso senso de honestidade, moral, ética e tantas outras atribuições que nos eram passadas por meio da família, da escola, da igreja, enfim, da vida.
No decorrer dos anos a inversão de valores tão preciosos quanto a nossa própria existência se perderam em meios a tantos maus exemplos.
À proporção em que o tempo vai passando, vamos, mais e mais, nos afastando de nós mesmos, daquilo que figurava como nossa “herança comportamental”, como as lições que gerações anteriores às nossas foram aprendendo, desenvolvendo e deixando-nos na intenção de prepararmo-nos para um futuro menos difícil, menos duro, menos infeliz.
Hoje é comum ver crianças usando “gírias”, falando com a desenvoltura maliciosa dos “marginais”; sendo arrogantes irônicas e desafiadoras.
E o pior: tudo começa assim. No início, como uma pura e simples brincadeira de “polícia-e-ladrão”, de “pega-pega”. Elas crescem, desenvolvem-se segundo os ditames do meio em que vivem e – quase que geralmente – se espelham em personagens infelizes de nossos dramas diários para compor a sua personalidade.
A adolescência é outro período muito perigoso, pois existe uma exacerbada ansiedade pela rapidez com que tudo venha a lhe acontecer: o namoro, o sexo, a vida financeira bem estabilizada; porém, nem sempre nesta mesma ordem ou com ordem alguma!  O jovem em formação, além de afoito e imediatista, é facilmente manipulável desde que não tenha verdadeiros fundamentos familiares que sustentem sua índole.
Daí, com o advento do cinema, da TV, do VHS, do DVD, da Internet, ele pode compor a sua personalidade da forma com que melhor lhe aprouver ou for conveniente ao meio em que vive.
Há a violência gratuita e explícita; há o sexo fácil e inconseqüente; há a imposição da “modernidade” através do consumo de drogas; há a desestabilização hierárquica dos valores familiares; e há muito mais, sendo que o principal dos fatores negativos é a sensação de que, com ele – o jovem – nada acontece de mau e que nenhum preço pode ou deve lhe ser cobrado pelas conseqüências de seus atos ilícitos.
Em contrapartida ao progresso está a destruição da sociedade como a conhecemos e a construção de uma outra em que imperará, certamente, o individualismo, tendo por função contumaz o desprezo à humanização dos atos e sentimentos do grupo.
Vivemos o caos e sabemos disso.
Queremos o caos?!?
Queremos o quê?!?


Nenhum comentário:

Postar um comentário